O título do post refere-se a minha criação exclusivamente. Comecei a criar periquitos por volta dos meus 15 anos, e sinceramente não me lembro de ter uma temporada tão ruim. De certo que comecei muito tarde este ano, para ser preciso em Maio, mas os resultados tem sido frustrantes. Até agora não consegui anilhar 30 filhotes, o que significa que nem de perto chegarei aos 80 que costumava criar todos os anos com minhas 12 gaiolas. Não sei se o tempo influenciou, aqui no sul estamos tendo um inverno um pouco mais prolongado, com períodos de muita chuva. O estranho disto tudo, é que nos últimos 2 meses, poucos filhotes nasceram e por incrível que pareça, os que nasceram acabaram morrendo. E estas mortes não foram exclusivamente por doença, o que poderia caracterizar uma epidemia no criadouro, mas foram por fatores diversos como abandono dos pais e ataques. A última que me aconteceu, foi com um macho que eu já havia criado com ele. A Fêmea era nova e o casal gerou 4 filhotes. Um certo dia quando cheguei em casa, o filhote mais velho estava no chão da gaiola com a cabeça totalmente estraçalhada, a mãe e o pai também sujos de sangue. Imediatamente tirei a fêmea que era nova e nunca havia criado. Deixei o macho ao qual já havia criado outras vezes a cuidar dos 3 filhotes restantes. No outro dia o segundo mais velho saiu do ninho e nem deu tempo de ver ele andando, quando cheguei já era tarde. Conclusão estou cuidando dos 2 que restaram, mas acho que não vou conseguir salva-los. Mas são ossos do ofício, se fosse fácil não seria tão gostoso o nosso hobby.
Aproveitando o mesmo post, acabo de ver uma foto do pássaro Best in Show da BS da Englaterra, um macho verde cinza do criador Les Martin. Simplesmente fantástico, a cabeça do pássaro é excelente. E aí comecei a pensar, levando-se em consideração que não podemos importar tais características para o país, que a última realizada com pássaros do Lutolf, já fazem alguns anos, quanto tempo levaremos para ter estes pássaros em quantidade aqui no Brasil? Sabemos que alguns criadores já possuem alguns exemplares com tais características, mas ainda acho que falta fixar melhor o tal efeito “búfalo” por aqui. Na Europa o intercâmbio entre os criadores é muito maior, e uma característica desejável, multiplica-se com muito mais rapidez.
3 comentários:
Olá Fernando!
Bom, primeiramente já faz alguns dias ou meses que a importação de aves foi reaberta, portanto, se vc planeja importar algumas características, tá na hora.
Só não sei como fica a questão da importação com relação a quarentena.
Outro ponto, não fique chateado com a criação, só de você escrever e partilhar com nós criadores um pouco do que tens passado aí, já é um aprendizado e tanto. Cada dificuldade no criatório faz agente melhorar cada dia mais. Procure desfazer todos os casais. Se der, volte todos eles para as voadeiras, dê uma alimentação boa e rica (isso eu sei que você já faz)espere 01 mês e volte com eles para as gaiolas de criação, mas mude os pares, assim as incompatibilidades sanguíneas que pode ter causado alguns problemas nos filhotes pode vir a desaparecer. Já fiz isso no criadouro e deu certo. Você não é o único que passa por estas dificuldades, todos nós criadores passamos. Pare um pouco com a reprodução (temporariamente), depois de 01 mês de descanso volte os casais e o resultado tende a ser outro.
Vou lhe passar um e-mail com os links sobre a importação de aves.
Abração!
Luiz Américo
Olá Fernando, tudo bem? Olha, penso que o clima influencia mesmo de forma direta.Comigo aconteceu ao contrário, aqui em minas, de maio a julho é muito frio e criei 8 filhotes, e dos meses que se seguem aqui é bem quente, pra vc ter uma ideia, fez 40 graus aqui ontem, e só na ultima rodada nasceram 26 pássaros, ou seja, de 1 mes e meio para cá.Aguarde um pouco, certamente tudo voltará ao normal.Sobre o seu macho, tudo indica que ele está estressado, veja que os periquitos quando estao criando ficam mais frageis e um pouco estressados,mas de uma forma moderada.Isso aliado a alguma mudança no seu aviário,isso é, se houve, certamente poderá refletir no estado do periquito.Dê mais um tempo a ele, se for o caso, e logo estará tudo normal.Já tive problemas assim aqui que reolveram em menos de 3 meses.
Bom, sobre a questao da importaçao, realmente nao sei se seria tão nescessário, bom, talvez seja, mas... estive esse ano na casa do Fulvio e do Renato, e posso lhe asseguar, eles estao com pássaros que nao perdem para bichos europeus, é algo de se impressionar facilmente.As característas interessantes do pássaros que vieram da Suiça foram todas fixadas por esses dois criadores, veja por exemplo aquele verde do Nadiomar, é um excelente exemplar, com características de bichos top europeus.No Renato vi uma quantidade incrivel desses bichos, todos no padrão moderno.E uma coisa que mechamou a atençao, no CRUPA vi um bicho lá que é fora de serie, um cobalto...eu achei melhor que muito bicho europeu que já vi, e ele nao sangue luetolf, e sim mannes.Acho entao que o esquema é trabalhar o que temos, certamente se trabalhados da forma correta, trarão filhotes extremamente promissores.Agora, é claro, importaçao no Brasil sempre será bem vinda..rsrs
abçs
Cláuberth
Oi Fernando,
Sei bem o que acontece quando a época não está própria para a reprodução. Tudo conspira contra, é como dar socos em ponta de faca.
Já tive várias situações similares ao longo destes anos que venho criando. A única coisa boa é que do mesmo jeito que está maré aparece ela também desaparece. O certo é suspender a criação durante uns meses.
Nos ultimos meses do ano passado atingir um pico de produção de mais de 50 filhotes nos 24 ninhos. O anterior era inferior a 40. Tudo estava bem e de repente infestou uma muda francesa aqui em casa que de 50 filhotes menos de 10 foram aproveitados. Suspendi a criação e só voltei em junho deste ano. Neste momento, a criação está muito boa, muito fértil e com poucas mortes.
A lição que tiramos é que devemos aproveitar os bons momentos na fertilidade e saber esperar quando as coisas nao estao propicias.
Boa sorte na criação e não desanime.
Abraço,
Reynaldo
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