sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A Volta

Depois de um longo recesso, resolvi voltar a escrever no Blog. Esta parada teve uma mistura de frustração e férias, frustração pelo baixo número de filhotes tirados este ano que passou, que já foi motivo de outro post. Já as férias foram tanto particulares como dos próprios pássaros, já que com este calor que faz aqui no sul, dei um tempo na criação e apenas deixei a bicharada descansar em voadeiras.
O ano que passou foi catastrófico, só teria sido pior, se uma epidemia tivesse acabado com o plantel, porque pela primeira vez em quase 30 anos criando periquitos, consegui a proeza de só criar 37 filhotes. É bem verdade, que este ano acasalei os pássaros no dia primeiro de Maio, contra normalmente no final de Fevereiro de todos os outros anos, mas mesmo assim acho que isto não é e não pode ser justificativa para a baixa produtividade.
Levantei alguns dados no meu programa que controla a criação e cheguei a alguns números que gostaria de partilhar com vocês. Usando 12 gaiolas de criação, neste período de Maio a Novembro do ano passado, consegui criar com 15 casais diferentes. Para a formação destes casais foram utilizados 10 machos e 15 fêmeas, o que mostra que alguns machos acasalaram com fêmeas diferentes e que nenhuma fêmea teve filhote com mais de 1 macho. Levando-se em consideração a rotatividade dos casais durante o ano, fica claro que a antiga máxima ainda prevalece: “tenha sempre o dobro, no mínimo, de fêmeas em relação ao número de gaiolas”. E temos que reconhecer, o trabalho delas é muito mais árduo do que o dos machos, afinal elas são encarregadas de botar os ovos, chocar e ainda cuidar dos filhotes até que eles saiam do ninho.
Agora o que me surpreendeu foram os números de filhotes apurados por casal, que foram os seguintes:

5 casais tiveram 1 filhote
5 casais tiveram 2 filhotes
2 casais tiveram 3 filhotes
1 casal teve 4 filhotes
1 casal teve 5 filhotes
1 casal teve 7 filhotes

As duas primeiras linhas acima assustam, e o que se vê é os últimos 3 casais procriando a mesma quantidade dos outros 12 casais. Que alguma coisa aconteceu, eu não tenho dúvidas, o pior é que eu não consegui identificar o que estava errado.
Para finalizar, mesmo com esta baixa produtividade, e esta é uma estatística que eu faço a bastante tempo, os melhores meses de criação em meu criadouro sempre foram Julho, Agosto e Setembro em todos os anos.
Como diz o título do post, estou voltando, mas com uma insegurança tremenda. Afinal, as fêmeas que estão no plantel continuam sendo as mesmas do ano passado, e que não foram lá estas coisas na gaiola de criação. Por outro lado, as novas filhotas são poucas e ainda muito jovens. Ou seja, será uma volta apreensiva, com os dedos cruzados.